Voadores bem vindos

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mai ou Pãe


                                           jun-pierre shiozawa- Hera e Zeus

Ser pai e mãe ao mesmo tempo
É tarefa cruel e difícil
Só és capaz de prosseguir por esse caminho
Ao ver o resultado
De tal zelo e carinho

Aprendes ao executar
A encontrar nas profundezas do teu ser
A autoridade do pai
E a ternura da mãe

E como dói
Meu Deus como dói!

Ter que manter intacto
O olhar duro e repressor
Pois foi te tirado o direito
Que toda mãe tem
De consolar seu filho
Quando percebe que ele errou

Precisas continuar firme
Sem expressar ternura
Ensinando a primeira lição
Que todo pai ensina ao filho

Que o seu precioso tesouro
É o seu caráter formado
Baseado na verdade, integridade e segurança
De cumprir a palavra dita
Seguindo os valores universais

E como fica a mãe amorosa?
Que fazer com ela?

Só resta esconde-la num quarto escuro
Que proteja o choro abafado
E esconda a lágrima caída
Por não ter seu filho
Direito à candura e consolo

É preciso esperar...
Quieta, em silêncio...
Até perceber na postura e olhar do fillho
Que aprendeu a lição

Chega então a alegria
Que transborda o coração
Libertando a mãe escondida
Desejosa de emanar seu amor

Como se liberta um pássaro encarcerado
Que voa ao encontro de seu ninho
Cumprir os desejos de seu instinto
De proteger o filhotinho.

Cláudia Anahí

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