Sinto que estou desintegrando
Como a imagem no computador
Ou na televisão
Que os pixels se desintegram se desencontram
Como uma casca que me envolve
Como a pele de uma cobra
Como as penas da águia
Como a placenta que liberta
Não sei onde estou nem para onde vou
O que me espera, me afaga ou me maltrata?
Indefesa como um recém nascido
Me vejo em posição fetal
Ainda querendo o abrigo do útero
Ainda sabendo que tal proteção não há
Nem virá...
´
Somente eu, esse novo ser que surge a cada dia
Poderá me proteger
Ou me socorrer!
Vejo então uma luz no fim do túnel...
Seja o que for
QUE VENHA!
Levanto meu corpo
Estufo o peito
Sacudo as asas...
Estou pronta,
Cláudia Anahí